"O seu alimento é o seu remédio" Hipócrates

BIOTIPOLOGIA ALIMENTAR – A alimentação terapêutica do futuro

Biotipologia significa estudo do biotipo – é o estudo da essência humana.

O foco do nosso trabalho está no ser humano, como funciona o seu organismo, seu temperamento.

Quem é mais importante, você ou o alimento?

Todos nós somos iguais, enquanto matéria. O sexo é o oposto para que haja reprodução, mas os órgão são relativos. A cor muda em função do clima – o negro desenvolveu esta cor para se proteger do clima da África, o esquimó devido ao clima do gelo, e assim por diante, o fato de mudar de cor não muda a raça de ninguém, pertencemos a mesma raça humana, porém temos reações diferentes

O segredo da alimentação está na correta digestão. Se a pessoa não consegue digerir o alimento, nada irá receber. Seria como tentar beber a água do coco sem conseguir quebrar este coco.

Hipócrates, o considerado pai da medicina dizia “O seu alimento é o seu remédio ou a sua destruição, mas antes de indicar o alimento é preciso entender qual é o temperamento da pessoa”.

Assim sendo, nosso trabalho consiste em identificar qual é o seu temperamento através de características físicas, emocionais, passando a dieta adequada ao seu biotipo.

Ao colocar o “combustível” correto na sua “máquina”, há automaticamente o equilíbrio físico, emocional e espiritual, sem ter a necessidade de produtos químicos ou industrializados,

A Alimentação adequada ao biotipo fará com que haja, através dos processos bioquímicos, equilíbrio do instinto animal, com o qual poderá surgir um domínio racional das suas emoções, que o libertará espiritualmente.

AS DOENÇAS, OS TEMPERAMENTOS E A DIETA BIOTIPOLÓGICA

O homem, situado entre o céu e a terra, recebendo contribuição dos Cosmos, do Solo, representa produtos acabados dos fluxos de energia que se organizam e se integram em sistemas dinâmicos.

O corpo é energia que se organiza em matéria viva, numa escala que inclui do mais sutil (energético) ao mais denso (o somático). Vivemos num mundo material e também somos matéria. A matéria é formada por átomos e partículas subatômicas (prótons, nêutrons, elétrons, etc.). O mundo material é constituido por um conjunto de moléculas, ou seja, de átomos, que são energias condensadas. Energia significa força, potência, capacidade de realizar trabalho. Desta forma, dentro de cada átomo que nos forma há energia e as partículas que o compõem vibram o tempo todo, estão em movimento.

Tudo é vibração (energia). Nossos corpos também são feitos a partir da vibração de energia que emanamos constantemente. Somos pequenos pontos de moléculas em vibração coesa e contínua – o que nos dá a impressão de materialidade. Tudo no universo vibra, se movimenta em diferentes velocidades.

Fontes de energia:
São cinco as fontes de energia que constituem o homem.

1. Energia Cósmica – Vibrações verticais captadas pelos sentidos e pelos pontos de energia.

2. Energia Ancestral – Partícula hereditária transportada nos gametas que formam o ovo fecundado (informação genética).

3. Vibrações Microcósmicas – Ondas horizontais a nível de indivíduos.

4. Respiração – Energia (prana) captada da atmosfera pelas vias respiratórias.

5. Alimentação – Energia solar concentrada nos alimentos mediante a clorofila e as bactérias do solo.

A energia segue padrões específicos de fluxo que determinam suas diversas funções e representam caminhos para a expansão do potencial evolutivo do organismo. Esses fluxos se propagam através de níveis distintos do corpo conforme as funções que desempenham.

Níveis de energia:

1. Ossos

2. Músculos

3. Vasos Sanguíneos e Linfáticos

4. Região Subcutânea

5. Pele e Aura

A energia (KI, CHI) desloca-se no nível subcutâneo através de linhas denominadas meridianos. Esses canais invisíveis e imateriais conduzem a energia diferenciada em diversas combinações YANG/ YIN, cujos fluxos se intercambiam alternante e complementarmente no corpo, constituindo um sistema responsável pela defesa, regulação e ressonância do organismo em relação às influências cósmicas.

Saúde é circulação adequada da força vital (energia) através de canais (meridianos) livres e desimpedidos.

Na ótica das medicinas milenares não existem doenças, mas sim um órgão ou todo o organismo energeticamente desequilibrado. Quando esses canais de energia estão bloqueados, os órgãos entram em processo de destruição, ou o que nós chamamos no mundo ocidental de doenças, e esses bloqueios serão sempre por emoções negativas, pois cada órgão do corpo humano está ligado ou reflete uma emoção.

Os órgãos/vísceras e as emoções

Pulmão – Tristeza/ Melancolia/ Preocupação

Intestino Grosso – Mágoa de Raiva

Estômago – Poder

Baço-Pâncreas – Perda Afetiva

Coração – Estresse

Intestino Delgado – Mágoa Afetiva (saudade)

Bexiga – Ódio/ Obsessão

Rins – Medo/ Insegurança

Vesícula Biliar – Ira/ Inconformismo

Fígado – Raiva

Hoje, a ciência contemporânea tem comprovado que a mente e o cérebro são independentes e que mesmo após a morte do cérebro, a mente continua a se manifestar. Compreendemos, também, que a mente tem a capacidade de alterar a matéria. Somos seres que pensam e os nossos pensamentos circulam por todo o nosso corpo e fora dele. O pensamento é energia que pode transmitir para o cérebro físico vibrações de nossos impulsos, emoções e sentimentos positivos e negativos.

As emoções negativas vão gerar pensamentos negativos, fazendo com que a energia da mente possa criar uma molécula distorcida.

Na verdade, somos o que pensamos e o que comemos. Por exemplo, se a pessoa sente ódio, sendo o ódio uma emoção ácida, ela irá gerar na mente um paladar também ácido, irá sentir necessidades de ingerir alimentos ácidos que por excesso destruirão as células do fígado, permitindo o aumento de células cancerosas ou de moléculas distorcidas.

Portanto, se apresento uma emoção negativa, gero um pensamento distorcido e posso criar uma molécula distorcida, aqui se dá o início de uma doença. A doença então não nasce no corpo, mas vem de nossas emoções e pensamentos e se aloja no corpo por um desarranjo molecular. Pensamento é energia em alto grau de velocidade.

OS TEMPERAMENTOS HUMANOS

Os egípcios, herdeiros de culturas mais antigas, desenvolveram no antigo Vale do Tebas a Teoria/ Filosofia dos 4 temperamentos, onde ensinavam que a humanidade está dividida em 4 grupos, 4 temperamentos ou 4 biotipos (não 4 raças, pois pertencemos todos a única raça humana).

Cada ser humano tem um temperamento próprio e ao mesmo tempo se identifica com um dos 4 grupos.

Conforme nos ensina o mestre Aurélio, temperamento é o estado fisiológico ou constituição particular do corpo. Constituição moral; conjunto de penhores; índole, caráter, temperamento.

Rudolf Steiner ensinava que o homem tem seu temperamento individual, seu modo de ser, de agir, de pensar e principalmente de reagir quando sob pressão; ao mesmo tempo se identifica ou se agrupa com outros seres, provando-nos que o temperamento deve ser algo ligado tanto ao mais íntimo cerne da essência humana como à natureza em geral.


A Esfinge, com a cabeça humana e o corpo animal, está constantemente a nos cobrar: “decifra-me ou te devorarei”.
A resposta só será encontrada através dos estudos filosóficos, pois através deles o ser humano encontrará o caminho para casa, o retorno ao ser espiritual.

A teoria/filosofia dos 4 temperamentos é, sem dúvida, o portal para esses estudos

A cultura grega, baseada na cultura egípcia, definiu os temperamentos com os nomes: – Sanguíneo, Colérico, Melancólico e Fleumático – Hipócrates

Hipócrates, grande estudioso das medicinas milenares ensinava que o corpo humano produz diversos fluídos, porém que 4 fluídos básicos, quando em desequilíbrio, é que causam as doenças; são eles: a linfa, o sangue, a bile preta e a bile amarela, 4 órgãos responsáveis por esses fluídos, os rins, fígado, coração e pulmão.

Ao fazermos a ligação da Filosofia dos 4 temperamentos com a Medicina Tradicional Chinesa, entendemos que cada um destes 4 grupos ou temperamentos está ligado ou ganha mais força/ energia em um desses 4 órgãos do corpo: Sanguíneo- Coração… Colérico-Fígado… Melancólico- Pulmão… Fleumático- Rins.

A Medicina Tradicional Chinesa nos ensina que cada órgão está ligado a uma emoção, uma cor, uma estação do ano, um elemento da natureza, etc.

Exemplo:
– Pulmão/ Intestino Grosso – elemento metal ou ar; emoção: tristeza, melancolia.
– Coração/ Intestino Delgado – elemento fogo; emoção: alegria, stress.
– Fígado/ Vesícula Biliar – elemento madeira; emoção: raiva, ira.
– Rins/ Bexiga – elemento água; emoção: medo, insegurança.

Conforme esses ensinamentos, cada elemento da natureza está ligado, alimenta e destrói outro elemento. Exemplo: a água alimenta a madeira, porém destrói o fogo. Assim, os rins que alimentam o fígado, destróem o coração.

Desta forma, podemos entender que uma pessoa do biotipo fleumático ganha força nos rins e perde energia no coração. Uma pessoa do biotipo sanguíneo ganha força no coração (coração é a bomba que ativa o sangue) e terá baixa energia nos rins. Uma pessoa do biotipo colérico ganha força no fígado e perde energia no pulmão. Uma pessoa do biotipo melancólico concentra energia no pulmão e tem como órgão de choque o fígado.

Como cada órgão está ligado a uma emoção, a pessoa terá, quando sob pressão ou em momentos de tensão, reações emocionais de acordo com o órgão onde ele concentra energia.

Exemplo: As pessoas do biotipo Melancólico, que estão ligados ao pulmão, quando em situação de pressão, stress ou confronto, reagirão ou se expressarão de forma melancólica, fechando-se em concha ou adotando a fisionomia triste ou melancólica, gerando desequilíbrios com a bile amarela, já que a energia do pulmão em excesso desestabilizará a energia do fígado, trazendo anemia, etc.

O Sanguíneo ganha força no coração; as pessoas deste grupo, quando em situação de pressão, reagirão de forma stressante (pavio curto) gritando, bufando, desenvolvendo manchas na pele, as faces avermelhadas, causando desequilíbrios do fluído sangue.

O Colérico ganha força no Fígado, sob pressão reagirá com raiva, agredindo, matando, desenvolvendo desequilíbrios do fluído bile preta ou bile terrosa – o fígado destrói o baço ou a madeira destrói a terra.

O Fleumático ganha força nos Rins, sob pressão adotará a expressão fria e calculista e irá desenvolver desequilíbrios do fluído linfa ou desequilíbrios com os canais e gânglios linfáticos – a água destruindo o fogo, tornando a pessoa fria e calculista.

Adotamos os nomes:

Pulmonar para o biotipo Melancólico – energia do pulmão;
Cardíaco para o biotipo Sanguíneo – energia do coração;
Hepático para o biotipo Colérico – energia do fígado e
Renal para o biotipo Fleumático – energia dos rins.

ALIMENTAÇÃO BIOTIPOLÓGICA

Conforme Hipócrates e da forma que entendemos, cada biotipo requer/ pede uma alimentação específica para que possa equilibrar os fluídos, bem como todo o organismo. Na Medicina Tradicional Chinesa, como já vimos, o corpo físico está ligado aos corpos: emocional, mental e anímico (alma). Se equilibrarmos o corpo físico através da alimentação, haverá também o equilíbrio dos outros corpos.

Somos energia e tudo o que fazemos demanda energia. No processo digestivo produzimos diversas enzimas (salivação, ácidos, bile) para digerir os alimentos, ao produzi-las gastamos energia. Alguns alimentos, gastamos toda energia na digestão, já que o processo digestivo é difícil e lento, temos que produzir muitas enzimas e no final o que aproveitamos não compensa o dispendido, ou seja, “gasto 100 para digerir e recebo 10 como recompensa”.

Na verdade, de alguns alimentos não recebemos nada, já que não são digeridos (são eliminados inteiros nas fezes)…

“Se preciso me alimentar é porque necessito de energia, gasto mais energia para a digestão, gasto também mais energia para a eliminação dos resíduos, mas nada recebo em troca, com certeza meu organismo estará debilitado, permitindo a entrada de vírus, bactérias, etc.”


O organismo debilitado também não consegue eliminar as toxinas dos alimentos, que retidas, juntamente com a energia dispendida, levarão à destruição do processo bioquímico do organismo. A ciência definiu estes alimentos como biocídios (destruidores), portanto é preciso afastá-los e trazer os alimentos biogênicos (equilibradores), onde o custo para digestão é baixo e o benefício é alto, “gasto 10 e recebo 100”.

Estando o organismo limpo de toxinas e equilibrado energeticamente, não haverá doenças. O campo emocional que está ligado ao físico, também será equilibrado, libertando a mente das toxinas físicas e emocionais, fazendo com que os sentidos da mente (intuição, pensamento, sentimento e percepção) possam aflorar, permitindo então que o ser anímico (alma) se encaixe no corpo físico.

O que nos leva a entender que, não importam os valores nutritivos dos alimentos, mas sim o custo energético para digeri-los. Por mais vitaminas, proteínas que os alimentos possam trazer, se não conseguirmos digeri-los corretamente, nada receberemos.

Comer é mastigar e engolir os alimentos.

Alimentar-se é digerir corretamente os alimentos para receber os nutrientes.

Sabemos também que cada alimento atua em um determinado órgão. Exemplo: se uma pessoa está anêmica, é comum os médicos indicarem fígado bovino já que a carne bovina atua no fígado.

A carne de porco pode estar quente e doce, o paladar (que está restrito ao palato/ boca), irá sentir assim, porém o corpo irá recebê-la como fria e salgada.

Já a carne de frango atua no coração.

Sabemos também que alguns alimentos são extremamente diuréticos, exemplo: o chuchu, a cevada (cerveja), o pepino, etc. irão atuar diretamente nos rins.

Outros alimentos são extremamente quentes, como gengibre, canela, açafrão, etc. irão atuar diretamente no coração.

Já alimentos como pimenta, alho, cebola atuarão diretamente no fígado.

Conforme já descrito, cada biotipo ganha força ou gera excesso de energia em um determinado órgão e perde força ou tem menos energia em outro órgão. Assim sendo, é necessário escolhermos alimentos que fortaleçam os órgãos debilitados e alimentos que acalmem ou diminuam o excesso de energia dos órgãos destruidores. No caso do biotipo cardíaco, que tem força ou excesso de energia no coração, vamos retirar então os alimentos que fortalecem esse órgão já que por excesso ele se torna destruidor ou o desequilibrador dos outros órgãos. Como este biotipo tem baixa energia de rins, temos que escolher então alimentos que fortaleçam os rins. Resumindo, vamos tirar carne de frango, gengibre, canela, etc. e acrescentar na sua dieta alimentos como carne de porco, hortelã, sal (o maior diurético da natureza), chuchu, cevada, etc.

Poderemos então, através da alimentação correta, promover o equilíbrio energético deste biotipo.

O exemplo acima aplica-se aos outros biotipos. No caso do pulmonar iremos retirar os ácidos que fortalecem o baço que alimentam o pulmão acalmando a energia de pulmão (onde tem excesso) e iremos trazer alimentos com glicose para fortalecer o fígado (órgão de choque) e, sendo a sacarose a maior fonte de glicose da natureza, e como a cana é o maior produtor de sacarose, o açúcar de cana para esse biotipo passa a ser excelente remédio.

SAÚDE e Vida Feliz é digerir corretamente os alimentos com um baixo custo energético e aproveitamento total dos nutrientes que fortalecerão as energias do corpo.


A chave para digestão correta e a promoção do estado saudável de um organismo tem relação direta com o temperamento que neste organismo manifesta-se mais incisivamente.

Portanto, o equilíbrio de cada biotipo está intimamente ligado à alimentação.

Somos o que pensamos e o que comemos!

Descubra meios de viver com plena saúde física, emocional, mental e espiritual, além de equilibrar seu peso naturalmente sem recorrer ao uso de remédios e/ou produtos industrializados.

“Comida é o seu remédio. O remédio é sua comida” Hipócrates